ATIRADOR |
Veja as cartas na íntegra
Ambas as cartas possuem orientações típicas de um funeral muçulmano. A irmã de Oliveira disse que o atirador, que era recluso e passava boa parte do dia na internet, fazia menção frequente a temas islâmicos.
Em carta, atirador pede perdão a Deus
O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, negou nesta quinta-feira (7) que Wellington fosse muçulmano.
Veja algumas das semelhanças entre as cartas do terrorista do 11 de Setembro e do atirar do Realengo.
Roupas para o enterro
Na carta de Atta, o terrorista fez recomendações sobre a roupa que deveriam vesti-lo para seu enterro.
- Devem me vestir em roupas novas, não me deixando nas roupas em que morri.
Wellington, por sua vez, pede aos que cuidarem de seu sepultamento que devem “retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio”.
Luvas para quem os tocar
Atta disse na carta: “quem lavar meus genitais deve usar luvas, para que eu não seja tocado nessa região”.
Já Wellington também pede o uso de luvas para os que o tocarem.
- Somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas.
“Pessoas impuras” no funeral
Na carta-testamento, Atta também faz menção à presença de “pessoas impuras” em seu funeral.
- Mulheres grávidas ou pessoas impuras não devem se despedir de mim - eu rejeito isso. Mulheres não devem rezar para que eu alcance o perdão.
Wellington também menciona pessoas “impuras”.
- Nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão.
Repartição dos bens
Atta diz que “os bens que deixo para trás devem ser divididos como mandam as regras islâmicas”.
Wellington também faz recomendações sobre a divisão de uma casa, que lhe pertenceria.
- Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado à uma desses instituições.
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